quarta-feira, 27 de agosto de 2008

A VIDA EM GRUPO



José Fabianno Ferraz - Psicólogo - 12- 39136519
Hoje vou refletir com você, que tem acompanhado as colunas deste site, sobre viver em grupo. Tenho certeza que você também participa de grupos, assim como eu, e que também sente que os grupos, podem ser ao mesmo tempo a solução ou o problema de nossa vida. Participo de grupos e associações de classe, tenho minha família um grupo significativamente importante pra mim, quando trabalhava numa empresa falávamos constantemente em times de trabalho, desenvolver harmonia e união da equipe. Participo também de grupos de estudo, de trabalho voluntário, temos nosso grupo de amigos e nos reunimos ocasionalmente para conversar e confraternizar. Tanto eu quanto você sabemos por experiência própria que não vivemos, ou melhor, não sobrevivemos sem pertencer a um ou mais grupos em nossa vida. Sabemos também, por experiência prática, que os grupos e as pessoas que nos relacionamos nos influenciam diretamente. Certa vez ouvi de uma psicoterapeuta no curso de especialização em Educação Somática: “Eu escolho muito bem os meus amigos porque eles me influenciam muito”. Descobri na trajetória de minha vida que esta é uma decisão inteligente e saudável. Vamos falar de algumas dificuldades e de alguns benefícios que a vida em grupo nos trás, e da importância de saber escolher os grupos do qual participamos.
Em algumas famílias observo que os erros são mais comentados do que os acertos. Se a pessoa acerta não existe os parabéns, um reforço, mas se ela erra é destacado gerando constrangimento, e muitas vezes mágoa. Por outro lado pude ver e sentir em alguns grupos familiares, que as pessoas procuravam acertar em conjunto, ajudando-se mutuamente, discutindo os erros e cada um contribuindo com o que pode para o crescimento da família. No ambiente de trabalho vivi dois momentos bem distintos que me serviram de experiência. No início de minha carreira, talvez por estarmos montando um grupo de trabalho, buscávamos maneiras de fazer as novas idéias funcionarem. Algumas áreas eram novas na organização, e estávamos na fase de implementação ao mesmo tempo em que estávamos aprendendo. Lembro-me que éramos um grupo unido, compensávamos as limitações um dos outros, méritos do nosso gerente que soube selecionar a equipe. Depois na mesma organização, mas em outra época, com outra equipe, num momento diferente de minha posição na empresa, com mais experiência, alçando vôos mais altos me deparei com uma situação onde as pessoas buscavam o sucesso e as conquistas de forma individual. Apresentavam iniciativa e entusiasmo em relação aos desafios e objetivos que fosse de encontro aos seus interesses. Recentemente participando de um grupo de trabalho voluntário, experimentei duas situações no vínculo com o grupo. O grupo manifestava um comportamento de respeito, reconhecimento e compaixão um pelos outros, esclarecendo as dúvidas frente a frente e alimentando um sentimento positivo e otimista sobre as pessoas do grupo e de nosso objetivo. Mas a partir de um evento isolado, as pessoas tiraram conclusões precipitadas, e antecipadas geralmente negativas e não deram oportunidade para entendimento.
Bem eu poderia ficar escrevendo mais umas tantas outras páginas, mas acredito que estes exemplos sejam suficientes para chegarmos a algumas conclusões. A primeira que podemos destacar é que a vida em grupo deve ser uma oportunidade para se desenvolver como pessoa. Dificilmente saberemos antecipadamente como agir e atuar nos vínculos em grupo. Devemos aprender a lidar com as coisas no presente, e deixar que nos ajudem. Para isso é necessário que se estabeleça uma relação de ajuda entre os membros do grupo. O grupo deve permitir o crescimento e a realização das potencialidades individuais. Precisamos aprender a nos comprometer com o crescimento das pessoas do grupo, a criar relações que facilitem o amadurecimento do outro como uma pessoa independente. Olhe para as pessoas de seu grupo, se elas forem maduras, desenvolvidas competentes e capazes você com certeza terá estas qualidades também.

3 comentários:

Anônimo disse...

Lindo artigo.

Anônimo disse...

ok ok ok

Anônimo disse...

Curti seu texto,e acho que ele tem algo a ver com o anterior-{Eu venci o mundo};afinal Jesus também nos deu o exemplo de como é importante a vida em grupo para a comunhão de idéias e ideais.Não importa o tamanho do grupo a que nos reunimos,nem se é formado por parentes, amigos,conhecidos ou desconhecidos.O que importa é se estamos voltados p/o bem comum.