quarta-feira, 2 de julho de 2008

SEXO!! EU QUERO SEXO!!




José Fabiano Ferraz – Psicólogo – 39136519


Vivemos num oceano de sexualidade, dentro e principalmente fora do corpo. As pessoas organizam suas vidas, tendo como base a sua sexualidade. Mas gostaria de considerar apenas o aspecto do ENCONTRO, dentre os vários envolvidos nesta relação. A sexualidade acontece no encontro. Hoje as pessoas estão cada vez mais sexualizadas, com suas roupas, seus cabelos, suas formas e sexualizando cada vez mais os encontros. Existe uma fragrância de sensualidade na sociedade, que nos chama nos genitais, ao encontro com outra pessoa. Somos excitados por estímulos exteriores e independentes à nossa vontade, nos genitais, à vida e ao encontro. Um casal hoje quando resolve namorar, já passou pelo ficar. Isto considerando uma probabilidade estatística. Vamos entender este ficar com ou sem sexo? Se for com sexo, o casal passa para fase do namoro vivendo um acasalamento. Os desejos e excitações internas que vivemos em nosso corpo buscarão a satisfação e realização. O sexo, hoje vem primeiro no encontro e os encontros acontecem por causa do sexo. O que se chama de sexo sem amor. Dividi-se sexo com amor e sem amor. Ouço também a argumentação de que tem de saber se vai dar certo ou não, no sentido literal do dar. Quer dizer eu vou tendo experiências sexualizadas na vida, até que encontre alguém para amar. Sexo com amor significa que o sexo acontecerá como brinde ao amor. No ENCONTRO, as pessoas criam a relação possível no tempo e no espaço geométrico que ocupam. A sexualidade é um dos estímulos presentes. O amor é um sentimento aprendido, e com isso precisa de tempo, convivência e relação. Nós aprendemos a amar, e desenvolvemos este amor em cuidado, reconhecimento e cooperação. Quando duas pessoas estão intimamente ligadas em suas necessidades, o sexo como intimidade do ser acontece numa relação de profundo gozo, a paixão e o amor convivendo pacificamente no paraíso da sexualidade. Precisamos de uma maneira diferente de orientar o comportamento sexual na sociedade. Vivemos o problema das doenças sexualmente transmissíveis, o pesadelo da AIDS, por causa de desejos sexuais deslocados, tantos desastres à saúde no campo da sexualidade e continuamos excitando os desejos genitais. Não tenho nada contra o sexo, apenas acredito que precisamos aprender a ter relações que realizem o ser, em suas dimensões espirituais, mentais e emocionais. Precisamos pensar nas na família e na sua sobrevivência enquanto instituição social. Entendo por família uma organização humana capaz de reproduzir a si mesma a partir de suas constituições biológicas. Uma família se reproduz em outras pequenas famílias a partir da sua constituição genética. Homem e mulher geram um ser que juntamente com outro ser, gera outro ser... E assim a sociedade.
Mas voltemos ao ENCONTRO, e no que podemos fazer para ter uma relação de encontros que busquem o amor mais do que o sexo. Pessoas cansadas de sexo sem amor à procura de uma relação, conversar e conhecer o outro. Participar da vida, um do outro. Cultivar uma relação, cuidar desta relação e fazê-la crescer para o benefício dos dois. E quando voltarem de uma festa, não esteja dizendo quantas bocas beijaram, mas sim se conheceram alguém com quem irá se encontrar uma segunda vez, inebriado de expectativas pelo próximo ENCONTRO.

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