
José Fabiano Ferraz - 12 - 39136519
Neste mês de dezembro gostaria de fazer uma série de reflexões sobre as festas de final de ano. No natal comemoramos o nascimento de Jesus e logo em seguida o ano novo. Mas gostaria de analisar estas datas sobre algumas perspectivas específicas. A semana passada refletimos sobre a fraternidade e sua indissociável aliança com a justiça. Esta semana vamos refletir sobre a questão do sentido que tem para nós a festa de natal. Às vezes parece, tão somente, que a data esta ligada a glutonaria, bebida e drogas que estão presentes de forma assustadora nestas festividades. Torna-se um padrão, um hábito, nocivo as nossas relações pessoais do qual não possuímos consciência. Não pretendo apresentar nenhuma doutrina religiosa, nem defender nenhum tipo de denominação, gostaria de refletir sobre Jesus Cristo seu nascimento e o que isto representa para os Cristãos. Todo cristão batizado entrega a Jesus a direção de sua vida. Aceita que Jesus não somente nos deu a vida, mas também a restaurou. Todo cristão batizado entende que deve a Ele muito mais do que pode possuir e pagar. O interesse mais íntimo de Jesus foi com o nosso bem estar, Ele nos amou e nos ensinou a amar uns aos outros. Ele nos disse que amar o outro é amar a Deus. Foi por um respeito ao ser humano, das limitações deste ser que Jesus se compadeceu. Ele nos vê como um ser real e Ele é consciente de nossa natureza humana.
O amor é o próprio Deus. Jesus Cristo é o amor de Deus que tem carne e sangue, portanto o amor que tem carne e sangue pode perdoar os pecados cometidos pela carne e pelo sangue. O sangue de Cristo, o seu sangue humano, nos purifica aos olhos de Deus, nos limpa de nossos pecados. Nós somos perdoados como seres de carne e osso. É sobre isto que trata a festa do natal, este é o principal, eu diria único objetivo de nos reunirmos e festejarmos o nascimento de Jesus. Mas é importante que em nossa ceia de natal esteja também, como prato principal, a Palavra de Deus como alimento da alma. O que Jesus nos trouxe de ensinamento e verdade sobre nossa condição humana. Se a Palavra de Deus é desagradável ao paladar não há dúvida que estamos de penetra nesta festa. Apresentamos a nossa alma doente, as nossas enfermidades e Ele nos oferecem o alimento que precisamos reter para a vida. O natal é a lembrança que guardamos da suave humanidade de Jesus, nosso Deus, para encher de alegria nossa festa e desaparecer o rancor ou a animosidade. Neste instante de alegria em que comemoramos o nascimento de Jesus, todo homem deveria sentir no coração o desejo de ter o próximo em seus braços, com grande satisfação. Trocar, juntamente com os presentes, a alegria de uma vida cristã. A condição que Ele estipula para que haja paz é a de que nós lutemos, com todas as forças de nosso corpo contra todos os vícios, sejam de comportamentos, ou de substâncias químicas.
No amor somos dependentes, porque o amor é a necessidade do outro ser. Solidão é autonomia e independência do outro. Só razão nos dá a condição de independência, mas a razão é “eu”, mas o sentimento é o “tu” é a relação que se estabelece. Só a razão com amor, e o amor com razão é o homem total, dotado de espírito. Jesus manifestou-se como humilde, como aliado do vencido, do pobre, do banido. O Deus que se humilha para estar junto com o humilde diz o profeta Isaias. O mendigo que não tem onde pousar a cabeça foi assim que Jesus se apresentou ao mundo. Este é o significado do natal, quem puder entender saberá que isto se refere a uma prática que não é deste mundo.